sexta-feira, 14 de março de 2014


Quem pode ser considerado idoso?

Antes de sabermos quem pode ser considerado um idoso, por que não tentarmos imaginar quem é uma pessoa idosa para nós? Bem, não é uma tarefa fácil!
                                    
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Os idosos são aqueles cidadãos que possuem uma bagagem cultural e emocional enorme, que passaram por muitos problemas, criaram suas famílias e hoje muitas vezes, infelizmente, sofrem com a falta de reconhecimento da sociedade, cenário que está tentando ser alterado via Estatuto do Idoso. Idosos são aqueles indivíduos considerados de terceira idade e veremos agora que a época em que uma pessoa é considerada integrante desta fase varia conforme a cultura e desenvolvimento da sociedade em que vive.
                                               
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica cronologicamente como idosos pessoas com mais de 65 anos de idade em países desenvolvidos e com mais de 60 anos em países em desenvolvimento. Para a geriatria, o ramo da medicina que foca o estudo, a prevenção e o tratamento de doenças e da incapacidade em idades avançadas, a pessoa só é considerada de terceira idade após completar 75 anos. Não existe um acordo com relação ao que limita a fase pré e pós-velhice. No Brasil, a expectativa de vida é de 68 anos para homens e 75 anos para mulheres, enquanto a média mundial de expectativa para mulheres é de quatro anos a mais que os homens.

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Com a chegada da terceira idade, alguns problemas de saúde passam a se tornar mais comuns, como por exemplo, a osteoporose e o mal de Alzheimer. Nessa fase os idosos apresentam mudanças físicas e emocionais, e suas habilidades regenerativas acabam ficando limitadas, que os expõem à perigos, por isso nessa fase o sistema de saúde público ou privado torna-se tão importante. Nas próximas postagens teceremos mais sobre a vida dos idosos no Brasil no presente momento e, claro, a respeito do Estatuto do Idoso.


Números e Curiosidades sobre a População Idosa


Atualmente, os idosos são 8,6% da população total do Brasil, segundo oInstituto Brasileiro de Geografia e Estatística. O crescente número de idosos na população brasileira é reflexo dos processos de aumento da expectativa de vida, devido ao avanço tecnológico e de atendimento na área da saúde e de redução na taxa de natalidade. Este quadro é um retrato comum do que acontece com países como o Brasil, que está possuindo pessoas cada, vez mais mais, de mais idade durante a etapa de desenvolvimento econômico e social.
                          
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Os países considerados desenvolvidos tiveram um período maior para se adaptar, cerca de cem anos. Tudo indica que o número de pessoas pertencentes à terceira idade crescerá bastante nos países em desenvolvimento nas próximas décadas, o que fará com que o Estatuto do Idoso seja ainda melhor planejado.  
                 
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Continuando com as curiosidades, é importante destacar que esta parcela da população tem grande importância na economia. No Brasil, boa parte dos idosos são chefes de família, e em suas famílias a renda média costuma ser superior àquelas chefiadas por adultos não-idosos.

Promovemos dois cursos neste site, o primeiro é o Saúde na Melhor Idade, cuja o acesso você encontra aqui. E, além deste, há o curso Idosos na Família, onde o acesso poderá ser feito por este canal. Ambos são imperdíveis. Não deixe de conferir!


A juventude está na cabeça

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Uma pesquisa recente realizada na Grã-Bretanha mostrou que apenas 6% das pessoas com idade acima de 65 anos se sentiam realmente velhas. Em um país que tem como modelos de longevidade e vitalidade a Rainha Elizabeth e outros ícones, como a estrela de cinema Judi Dench (famosa pelos filmes de James Bond), o avanço da idade não parece ser um fator de tristeza. De acordo com os dados divulgados pela mídia inglesa, a maioria dos pesquisados ignora as reclamações comumente relacionadas à terceira idade. Porém, mais de um terço dos entrevistados afirmaram que eles não são tratados adequadamente por conta de suas idades.

Mais da metade dos ingleses da pesquisa disseram que são mais felizes depois dos 65 anos. Enquanto se recusam a se definirem como velhos, mais da metade, contudo, compreende que podem ser visto como um problema para a sociedade.

Apesar de, tradicionalmente, os países europeus terem uma população idosa numerosa e atuante, enquanto países emergentes como o Brasil ainda terem a percepção de nações jovens, a realidade é que os dados atuais não se diferem tanto. Na Grã-Bretanha, a expectativa é que em 2050, um em cada quatro britânicos tenham idades superiores a 65 anos. Conforme as expectativas do Governo brasileiro, até 2025 o Brasil deve ser o sexto país com o maior número de pessoas acima de 60 anos.

Ainda de acordo com os últimos dados demográficos divulgados pelo IBGE, no final do último mês de agosto, a expectativa de vida ao nascer deve atingir os 80 anos no Brasil em 2041. Em 1980, este número era de 62 anos. A ONU (Organizações das Nações Unidas) estima que a população mundial com mais de 60 anos será de 1 bilhão já daqui a 10 anos.

Na pesquisa inglesa, o fato de não se sentirem velhos fez com que três em cada cinco entrevistados admitissem que não pensaram que tipo de cuidado ou suporte eles prefeririam quando ficassem mais velhos. A pesquisa inglesa entrevistou duas mil pessoas com idades entre 65 e 93 anos e foi realizada por uma empresa de teleassistência, que atende mais de 100 mil pessoas na Grã-Bretanha.

“É importante não subestimar o suporte que os idosos poderão precisar para manter sua independência”, afirmou o Wendy Darling, Diretor da Invicta Telecare e responsável pela pesquisa.

No Brasil, a teleassistência é um serviço novo, mas a empresa pioneira no país, a Telehelp, já está presente em 200 cidades de 19 estados. Com o bom humor de sempre, a atriz Etty Fraser conta no vídeo abaixo como faz da teleassistência sua aliada para manter a independência em sua própria casa, podendo pedir ajuda sempre que precisar.


Cartilha ajuda idosos a conhecer seus direitos

Conheça a 2ª edição da cartilha Vida Longa e Cidadania, que traz os principais pontos do Estatuto do Idoso. A cartilha ajuda a quem tem mais de 60 anos a conhecer e a exigir seus direitos. Também contribui para que todos, de qualquer idade, possam fiscalizar o cumprimento do direito dos idosos.

A Edições Câmara lançou a 2ª edição da cartilha Vida Longa e Cidadania, que traz os principais pontos do Estatuto do Idoso. A cartilha ajuda a quem tem mais de 60 anos a conhecer e a exigir seus direitos. Também contribui para que todos, de qualquer idade, possam fiscalizar o cumprimento do direito dos idosos. Sancionada pela Presidência da República em 2003, a Lei nº 10.741, conhecida como Estatuto do Idoso, sedimenta e amplia direitos definidos em legislações anteriores e na Constituição Federal. A lei também cria várias outras formas de proteção aos idosos. Saúde, moradia, transporte, trabalho, educação, cultura, esporte, lazer, cidadania, todos os aspectos para garantir uma vida digna a quem tanto já contribuiu para o País estão contemplados no Estatuto. No Congresso Nacional, o texto foi amplamente discutido com a sociedade durante seis anos, desde a apresentação do projeto de lei à Câmara dos Deputados pelo então deputado Paulo Paim.

Segundo o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existiam 14,5 milhões de brasileiros com mais de 60 anos em 2000, o que equivalia a 8,6% da população. Em 1980, o Brasil contava com 6% da população nessa faixa etária. A expectativa de vida também aumentou sensivelmente: 64,7 anos para os homens, contra 42,7 em 1940, e 72,5 anos para as mulheres, bem mais que os 47,1 de 64 anos atrás.

Conheça aqui a cartilha Vida Longa e CidadaniaClick Aqui


Estatuto do Idoso amplia direitos, mas algumas ações continuam no papel

No Dia Mundial do Idoso, comemorado nesta terça-feira, especialistas elogiaram o Estatuto do Idoso, que completa 10 anos, considerado um marco importante na garantia de direitos dessa faixa etária. Entretanto, há consenso de que, apesar do aumento expressivo de espaços para a participação do idoso na sociedade nos últimos anos, vários direitos continuam apenas no papel.

Integrante do Conselho Nacional do Idoso, a médica Jussara Rauth esclareceu que o estatuto ampliou a Lei 8.842 (de 1994) e reconheceu direitos do idoso, com sanções e punições previstas para a família, as instituições e/ou o próprio Estado, caso sejam violados. Porém, segundo ela, faltam ações eficazes na questão do cuidado e da atenção.

"Encontramos nas políticas públicas mais fragilidades do que fortalecimento, pois a questão do envelhecimento ainda não é pauta de uma agenda política forte. Continuamos a ver a ênfase em políticas como da criança e do adolescente. Só que hoje, temos um percentual de crianças diminuindo e de idosos aumentando significativamente", afirmou Rauth. "Precisamos de um equilíbrio, de uma compensação em cima das demandas sociais."

A médica criticou a hierarquização das responsabilidades em relação ao idoso, que ocorre na interpretação da lei. "Quando a família não pode dar conta, a responsabilidade é da sociedade, e quando ela não dá conta, a responsabilidade é do Estado. Entretanto, a política diz que a responsabilidade é linear, ou seja, as três instâncias são complementares e articuladas", disse ela.

"Se não houver algumas ações de políticas públicas que deem suporte a essa família, ela não consegue cumprir o seu papel em relação ao idoso", afirmou Rauth, ao lembrar que o fortalecimento do vínculo familiar é positivo para o idoso e para os parentes. "A família deve desfrutar dessa companhia não como um estorvo, que causa dificuldade, mas como uma pessoa com experiência de vida, vivências que podem ser passadas. O grande valor das pessoas idosas é a possibilidade de nos ajudar a compreender o presente com um retrato do passado", disse a médica, ao defender uma mudança de paradigma na sociedade para que ela deixe de ver o envelhecimento como problema e o encare como um processo natural da vida que deve ser valorizado.

Para o diretor da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Salo Buksman, o cumprimento do estatuto ainda não é uma realidade em muitos aspectos. "O estatuto foi uma iniciativa importantíssima, mas temos ainda muito caminho a percorrer para que a proteção do idoso seja efetivamente executada pela sociedade", disse ele, ao citar algumas arbitrariedades cometidas contra idosos, como a prática de alguns planos e operadoras de saúde de negar o direito de clientes idosos ao contrato de novos planos.

"Os planos de saúde não veem com bons olhos o idoso, por representar eventualmente um custo maior. Então, lançam mão de todos os artifícios possíveis para que não tenham acesso ao seguro saúde privado, o que é indecente, pois não se pode discriminar uma pessoa devido à sua faixa etária, o que é condenado no estatuto", afirmou Buksman.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), algumas empresas de planos de saúde não pagam comissão a corretores que vendem planos para idosos. A prática é proibida pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), mas não está prevista na Constituição ou no Estatuto do Idoso. Agência Brasil



Direitos do Estatuto do Idoso são desconhecidos por muitos brasileiros

Estatuto já completou dez anos e é conquista para quem tem mais de 60 anos. Entre os direitos estão pagar meia entrada em shows e viajar de graça. 

Carla Modena São Paulo  Foto Grupo Viver Mais

 O Estatuto do Idoso já completou dez anos e é uma grande conquista para quem tem mais de 60 anos. O problema é que muitos idosos ainda desconhecem vários direitos e benefícios. Quem conhece bem, acha que esses direitos podem melhorar.
Por lei, o idoso que tem renda mensal inferior a dois salários mínimos tem direito a viajar sem pagar transporte rodoviário, ferroviário ou aquaviário interestadual. As empresas têm que reservar duas vagas gratuitas. Caso os assentos já tenham sido ocupados, o idoso terá direito a desconto de 50%.
O problema é que os idosos só podem comprar as passagens mais baratas no dia da viagem. Os aposentados Dalila e Valdir Largura, de 72 e 79 anos, planejam as visitas com bastante antecedência para conseguir viajar de graça. “Pode demorar até um mês. Tem que fazer com antecedência. A gente fica aí naquela indecisão se viaja ou não viaja, porque tem que comprovar se realmente tem espaço pra gente, vaga pra gente viajar. Tem muita coisa que tem que se melhorada”, diz Valdir.

Confira o Estatuto do Idoso - Clique Aqui
• Planos de ação para os idosos - Clique Aqui 

 O Estatuto foi uma grande conquista dos idosos, que tem hoje fila preferencial e assento reservado no transporte público, que é de graça. São direitos já bastante conhecidos e, muitas vezes, bem sinalizados, como as vagas para estacionar.
Os direitos, porém, vão além. Os maiores de 65 anos que não recebem nenhuma renda têm direito a um salário mínimo por mês. O idoso com doença grave e que recebe pensão ou aposentadoria é isento do imposto de renda. Os maiores de 60 anos também têm direito a desconto de, pelo menos, 50% nos ingressos para eventos artísticos, culturais, esportivos.
Algumas prefeituras como Fortaleza, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre ainda oferecem isenção de IPTU. O idoso deve ter renda de até três salários mínimos e possuir apenas um imóvel. As regras de reajuste dos planos de saúde também foram definidas com o Estatuto. Eles não podem mais ter aumento por faixa etária a partir dos 60 anos. “É importante observar e ressaltar que os reajustes contratuais são válidos a cada 12 meses. Isso é uma previsão legal, uma previsão constitucional. O que é diferente, é importante destacar, é essa da mudança, da alteração e aumento em função da faixa etária”, explica Adriana Zorub Fonte Feal, da Comissão dos Direitos dos Idosos da OAB.

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