quinta-feira, 21 de julho de 2016


Risco de queda é maior se a pessoa já caiu e toma muitos medicamentos 
Além disso, doenças e problemas de saúde também aumentam as chances. Idosos e crianças são os que mais costumam cair; veja como se proteger.
Do G1, em São Paulo

 Todo mundo já caiu alguma vez na vida. Mas como identificar se essa queda é apenas uma distração ou por causa de um obstáculo na rua ou algo mais preocupante? É importante saber que levar um tombo pode ser um simples acidente, mas pode ser também um sinal de problema de saúde.

Dados mostram que as quedas são a principal causa de morte de idosos no Estado de São Paulo – em até 44% dos casos, as consequências podem ser graves. E não são só os mais velhos que sofrem com o problema, mas também crianças menores de 5 anos, como explicou o ortopedista.

De acordo com a fisioterapeuta Laura Proença, o risco de queda aumenta se a pessoa já caiu. Além disso, se ela toma 4 ou mais remédios continuamente, como calmantes e laxantes, ou se tem problemas e doenças associados, como dificuldades de visão, hipoglicemia, depressão, incontinência urinária, osteoporose e até mesmo diabetes descontrolada, a chance de cair também pode aumentar.

Por isso, é preciso investigar a origem da queda, também porque nos idosos, ela pode ser o início do processo degenerativo do corpo. Entre as lesões mais preocupantes, estão as fraturas de fêmur, punho e quadril. No entanto, como explicou o ortopedista, já existem cirurgias e próteses que permitem que o paciente volte a andar em poucos dias.

Foto: Grupo de Idosos Viver mais
Para evitar que as quedas voltem a acontecer, a dica é treinar o equilíbrio e a musculatura com exercícios simples no dia a dia, que já aumentam a resistência e reduzem o risco de quedas.

Segundo o reeducador do movimento Ivaldo Bertazzo, saber cair é importante para evitar lesões maiores e consequências mais graves.


Por exemplo, para melhorar o equilíbrio, a dica é utilizar sempre uma superfície instável, como colchões e colchonetes, e caminhar descalço sobre ela levantando os pés, com um apoio para os braços. De acordo com a fisioterapeuta Laura Proença, esse exercício simples já ajuda a treinar o corpo e estimular o equilíbrio para prevenir quedas.

Subir e descer uma escada ajuda também a melhorar a força muscular, assim como carregar sacolas e colocar e tirar objetos de uma prateleira, atividades simples do dia a dia. Até mesmo arrumar a cama e agachar para colocar uma meia e um sapato, como mostrou a fisioterapeuta, também podem reduzir o risco de quedas porque são atividades que melhoram a flexibilidade.

Além disso, a fisioterapeuta Laura Proença recomenda que a colcha da cama seja mais curta, que o sapato seja antiderrapante e fechado e que o quarto esteja iluminado, principalmente para quem costuma acordar muito durante a noite. É bom ainda ter um telefone por perto porque, caso a pessoa esteja sozinha, ela pode pedir ajuda com facilidade.

Em alguns casos, é indicado até mesmo o uso de uma bengala. Como a repórter Marina Araújo, a aposentada Ana Lyrs, de 87 anos, e o aposentado Odair Buarque de Gusmão, de 91 anos, usam o acessório para se manterem firmes e equilibrados.

De acordo com o ortopedista Luiz Batata, a bengala não só previne quedas, mas melhora muito a qualidade de vida da pessoa, se for bem utilizada e tiver a altura adequada. Para identificar se o paciente precisa ou não do recurso, é só observar: se ele demorar mais de 10 segundos para andar 10 metros, é um sinal de alerta.

terça-feira, 19 de julho de 2016


Idosos escaparão de revisão dos benefícios por invalidez, diz INSS


"Não há porque convocá-los se eles podem auferir o mesmo benefício de outra forma", afirmou o presidente do Instituto Nacional do Seguro Social 


O novo presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Leonardo Gadelha, disse nesta quarta-feira (13) que os aposentados por invalidez que têm a partir de 60 anos vão escapar da revisão dos benefícios por incapacidade.

 "Não há porque convocá-los se eles podem auferir o mesmo benefício de outra forma", afirmou, depois de tomar posse na sede do INSS, em Brasília. A metade dos 3,2 milhões de aposentados por invalidez no País têm mais de 60 anos. A estimativa do governo é cortar 150 mil desses benefícios com a revisão. O gasto mensal para bancar essas aposentadorias por invalidez é de R$ 3,6 bilhões.

O governo do presidente em exercício, Michel Temer, também anunciou, na semana passada, a revisão de auxílio-doença e do Benefício de Prestação Continuada da Lei Orgânica da Assistência Social (BPC/Loas). As perícias devem começar em agosto. O governo tem um mês para normatizar como se dará a convocação e o atendimento dessas revisões.

 "O objetivo não é prejudicar ninguém. Vamos fazer de forma muito criteriosa, para buscar apenas os gargalos, aqueles em que há indícios de irregularidades. Todo cidadão brasileiro que merece o benefício terá o benefício preservado", afirmou Gadelha. Segundo ele, a convocação será feita por carta pelos Correios. "Não é preciso que as pessoas procurem uma agência do INSS neste momento", explicou.

BÔNUS

O governo vai pagar um bônus de R$ 60 por atendimento para os peritos do instituto que aderirem ao processo de revisão dos benefícios. Em dois anos, período estimado para a revisão de todos os benefícios, devem ser gastos R$ 50 milhões com os bônus ao peritos.

O INSS tem 4 mil desses profissionais na ativa, segundo Francisco Cardoso, presidente da Associação Nacional dos Médicos Peritos (ANP). Ele estima que 80% do quadro deve aderir ao processo de revisão. Cada perito faz, em média, 15 atendimentos por dia. Para aderir à revisão e ganhar o bônus, os médicos do INSS devem manter o mesmo número de atendimento e fazer de três a quatro atendimentos de revisão dos benefícios por incapacidade. "Não adianta cobrir um santo e descobrir o outro", disse Gadelha.

 Atualmente, a fila para a concessão do auxílio-doença é de 45 dias, segundo Cardoso. Esse tempo médio de espera para o agendamento já chegou a 90 dias no período da greve, mas o ideal é que não passe de um mês. O presidente da ANP estima em seis meses a um ano o prazo para colocar em dia os atendimentos que ficaram represados no período de quase 140 dias de paralisação encerrado em janeiro deste ano. O governo estima que a revisão desses benefícios vá gerar uma economia de R$ 6 bilhões por ano.

No caso do auxílio-doença, a previsão é de cortar 30% dos benefícios concedidos acima de dois anos. Em relação ao benefício de assistência continuada, a economia deve ser de R$ 800 milhões com a retirada de 2% dos benefícios.

São 4,3 milhões de pessoas que recebem o benefício dado a idosos e deficientes com renda familiar per capita inferior a um quarto do salário mínimo. O custo estimado para este ano é de R$ 45 bilhões. Com informações do Estadão Conteúdo.

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São João 2014

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Dia das Mães 2014

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